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Programa de Recuperação de Área Degradada


Antes o plantio de pinus e exóticas era o suficiente para empresas degradadoras angariarem elogios dos órgãos competentes.
Hoje, o cuidado com a Recuperação da Área Degradada, começa antes mesmo de iniciar a sua exploração. As árvores nativas passaram a fazer parte do projeto de reflorestamento. A fauna e a flora são transferidas para outros locais. A camada superior do solo é retirada e armazenada para ser devolvida no futuro - este material é rico em sementes de plantas nativas. Quando a camada do solo é reaproveitada, muitas destas sementes brotam espontaneamente, mantendo a variedade genética e a recuperação da mata.
No momento de devolver a terra ao local antes explorado, é importante trazer a topografia original, com suas curvas de nível e bancadas para evitar erosões futuras.
Agora sim, o replantio recomeça em etapas. Utiliza-se de no mínimo, 80% de espécies nativas antes existentes. Primeiro, são plantadas as espécies pioneiras e as secundárias iniciais - que precisam de luz direta e crescem rapidamente. Após três anos esta floresta já terá maturidade suficiente para receber as espécies secundárias tardias e as clímax. Estas precisam de sombra das primárias e secundárias tardias para se desenvolverem, pois demoram de 20 a 30 anos para atingirem a fase de maturidade da espécie. É dada a elas, a responsabilidade de trazer de volta toda ou parte da fauna antes existentes, através de suas sombras, folhagens e frutos atrativos.
Atualmente, as florestas reflorestadas são plantadas em desalinho, para imitar as florestas já existentes. Quanto mais se apresentar como uma floresta nativa, mais chance terá de sobrevivência florística e faunística.
Fica a mensagem: Jamais esta floresta voltará a ser como antes.
Como degradadores em potencial, minimizar os impactos gerados é o que se espera de seres humanos conscientes.
O Meio Ambiente ecologicamente equilibrado é essencial para a sobrevivência de todos.